Natrix astreptophora
(Seoane, 1884)É uma serpente relativamente robusta, que pode ultrapassar os 150 cm de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos. A cabeça é diferenciada e relativamente larga, possuindo olhos grandes de íris amarelada/alaranjada e pupila negra e redonda. A coloração dorsal é variável, variando entre o verde-oliváceo, o acinzentado, o acastanhado ou mesmo o pardo; exibe um padrão de pequenas manchas negras irregulares, espalhadas ao longo do corpo. A zona ventral varia entre o amarelo-esverdeado e o esbranquiçado, e encontra-se pintalgada de manchas negras. Os juvenis exibem duas manchas no pescoço que formam um colar amarelado e orlado de negro, sendo esta a característica responsável pelo seu nome vulgar. Esse colar desaparece à medida que o indivíduo cresce.
Ocorre numa grande diversidade de habitats aquáticos, tais como rios, ribeiros, charcos, lagos, lagoas, barragens e pântanos. Tolera bem a salinidade, podendo ainda viver em lagos e lagoas de água salobra. Também pode ser encontrada longe de qualquer massa de água (e.g. matos, prados, áreas agrícolas), pois não depende tanto dos biótopos aquáticos quanto a sua congénere cobra-d’água-viperina (Natrix maura).
A sua distribuição abrange a Península Ibérica e o norte de África. Em Portugal continental ocorre em todo o território, sendo mais escassa nas zonas mais áridas do Alentejo e do sudoeste, e mais frequente em áreas de altitude média e elevada (acima dos 400 m). Distribui-se desde o nível do mar até aos 1875 m de altitude (Serra da Estrela).
> Destruição/perturbação de indivíduos (e.g perseguição humana)
> Atropelamento
> Campanhas de sensibilização e educação ambiental