Iphiclides feisthamelii
(Duponchel, 1832)Trata-se de uma borboleta de grande porte, chegando a alcançar os 8 cm de envergadura. As suas asas são bastante características: as asas anteriores apresentam um padrão zebrado, composto por bandas pretas longitudinais sobre um fundo amarelado (bem mais garrido na geração estival); cada asa posterior termina num apêndice comprido, que se assemelha a uma cauda, as margens são amarelas e denteadas, ornamentadas por uma banda preta e azul e uma macha alaranjada na zona de contacto, que forma um ocelo (semelhante a um olho). Os olhos são negros, tal como as antenas do tipo claviforme. O corpo é escuro na zona superior e amarelado na zona inferior. É um espécie bivoltina (duas gerações anuais). Voa de Fevereiro a Dezembro. A lagarta é verde com manchas escuras e, quando ameaçada, exala um odor forte e desagradável através de um órgão designado osmeterium. A hibernação é feita na crisálida, de coloração acastanhada e ligeiramente pubescente na face inferior.
É uma espécie generalista, podendo ser encontrada em diferentes habitats, preferencialmente quentes e com vegetação arbustiva. Ainda assim, a contínua fragmentação e alteração dos habitats naturais faz com que esta borboleta possa ser encontrada, com alguma frequência, em pomares e outras zonas associadas a árvores de fruto (nomeadamente Prunus spp. Pyrus spp. e Crataegus monogyna), tais como quintas ou hortas, inclusive em áreas urbanas. Deposita os ovos nas folhas das árvores hospedeiras, das quais a lagarta se vai alimentar.
Em Portugal continental é bastante comum, estando dispersa ao longo de todo o território. Pode ser encontrada a qualquer altitude, do norte ao sul do país, tanto no litoral como no interior.