Streptopelia decaocto
(Frivaldszky, 1838)Trata-se de uma ave elegante, com cerca de 31 a 34 cm de comprimento, de plumagem lisa e clara, bege-acinzentada, com tonalidades rosadas no peito e no ventre. A sua principal característica é a presença de um semi-colar preto na parte traseira do pescoço, contornado por uma linha branca e interrompido na garganta. Os olhos são vermelho-rubi e tem o anel orbital branco; o bico é negro. Na extremidade da cauda apresenta uma faixa branca, bem visível durante o voo. As patas são rosadas.
Ocorre com maior frequência em áreas rurais e urbanas, nomeadamente em terrenos agrícolas, parques e jardins, mas também em zonas florestais tais como os pinhais do litoral e os montados do interior. Nidifica nas árvores.
Actualmente, trata-se de uma espécie residente e abundante em Portugal continental. Ocorre, praticamente, em todo o território, de norte a sul do país, à excepção das zonas mais montanhosas, onde aparentemente está ausente.
Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial da Streptopelia decaocto na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).
O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.