Papilio machaon
Linnaeus, 1758Trata-se de uma borboleta de grande porte, que atinge os 8 cm de envergadura, chegando a ultrapassá-los, no caso da fêmea. As asas são bastante características: as asas anteriores apresentam um padrão constituído por nervuras e bandas negras, sobre um fundo amarelo; cada asa posterior termina num apêndice pontiagudo, semelhante a uma cauda, a margem é amarela e levemente denteada, ornamentada por duas bandas negras, seguidas de uma azul, mais grossa, que termina numa macha laranja, designada ocelo (forma de olho), na zona de contacto. Os olhos são negros, tal como as antenas claviformes. O corpo é amarelo e atravessado por uma larga banda negra longitudinal, na zona dorsal; em cada flanco, possui uma banda negra mais fina. Voa de Fevereiro a Dezembro. É um espécie trivoltina (três gerações anuais). A lagarta tem um fundo esverdeado, atravessado por bandas transversais negras, pintalgadas de cor-de-laranja. Esta, quando ameaçada, exala um odor forte e desagradável através de um órgão glandular bifurcado, cor-de-laranja, situado atrás da cabeça, designado osmeterium. A hibernação é feita no estado de crisálida, de cor verde ou acastanhada
Ocorre em habitats floridos com presença de umbelíferas (Apiaceae), das quais a lagarta se alimenta. Vive, sobretudo, em prados e encostas floridas, margens de campos de cultivo, bermas de caminhos, terrenos incultos, baldios, parques e jardins, até aos 1200 m de altitude. Escolhe, preferencialmente, o funcho (Foeniculum vulgare) e a arruda (Ruta chalepensis) como plantas hospedeiras, onde deposita os ovos.
É uma espécie comum em Portugal continental, encontrando-se dispersa por todo o território nacional.
REGISTO DE OBSERVAÇÕES ENVIADAS PELOS UTILIZADORES DO MUSEU VIRTUAL DA BIODIVERSIDADE